Monday, August 21, 2006

Episódio 2: No Vale das Namoradas Abandonadas

Em certa aula de Estudos de Língua Portuguesa, a professora nos faz uma pergunta retórica: Com que freqüência vocês escrevem?
Aquilo chegou aos meus ouvidos como um chamado. Há alguns anos, eu passava pelo menos duas horas escrevendo diariamente. Agora, que sou estudante de Letras (da USP, for the record, porque eu tenho que me exibir, claro), tenho um blog parado há quase um mês. Portanto, por motivos acadêmicos e por me encontrar um pouco mais equilibrada emocionalmente, fiz a resolução da resolução: documentar, como prometido, a resolução blevers, blevers, vocês conhecem essa história.

Então...

Ao longo da minha caminhada no Vale das Namoradas Abandonadas, esbarrei com aquele tipinho típico, freqüentador assíduo do Vale: o amigo do ex que te acha gostosa desde a época que você era a atual.
Trata-se de um menino (ele tem 18 anos) que é até bem evoluído para a idade. Passamos a nos comunicar por Msn e aos poucos foi se revelando o que já estava se mostrando bem óbvio: estávamos interessados um pelo outro. Observamos aqui, um candidato em potencial para a obtenção da meta. Segue a lista de atributos:
- Muitas afinidades, o que significa horas de boas conversas. Tudo o que uma mulher quer.
- Mais afinidades, isso quer dizer "ele é tão pervertido quanto você". Hum...Tudo o que uma mulher quer 2.
- Ele é o oposto do seu ex.
- Ele é amigo do seu ex, o que dá um gostinho de vingança, ainda mais quando estamos falando de um ex de 35 anos e um "candidato" de 18. Homens são inseguros em relação à idade (mulheres também).

Mas, ele tem um atributo que invalida todos os outros:
- Namorada, há pouco mais de um ano.

Eu já tinha conhecimento deste fato, mas àquela altura, em um momento "Samantha-apoderou-se-do-meu-ser", a minha resolução tinha passado de relacionamento sério para uma boa trepada.
Obviamente, tudo na vida tem dois lados. Se o jovem palhaço sabe fazer coisas interessantes em tão tenra idade, ele também sabe fazer outras repugnantes. Temos aqui o caso clássico da enrolação dupla:
1.O ser diz para a namorada que a ama, mas flerta com outras.
2.O ser diz para as outras que o relacionamento está acabando e promete trepadas e muita diversão.

Claro que eu não caí nessa. Posso ser perdidamente apaixonada por um ser desqualificado, mas de resto, eu tenho controle da situação.
Decidir mentalizar uma deadline ao aprendiz de palhaço: combinamos a transa para o fim de semana seguinte, se ele revogasse, adeus ex-namorada-gostosa-do-seu-amigo.
Foi o que aconteceu.
Nos falamos por Msn no domingo. Ele veio todo se desculpando por não ligar, que teve uma viagem, mas que ainda queria muito...
Eu, como uma mulher direta e sucinta, simplesmente disse:
- Ah, baby, eu conheço bem história.
E ele, "inocente":
- Que história?
Ao que respondi:
- A história do que cara que provoca, provoca...mas no fim, fica com medo de trair a namorada.

A conversa não se estendeu muito depois dessas linhas. Ele, como era de se esperar, saiu de fininho e voltou a mandar mensagens via orkut dizendo "eu te amo" para a namorada semi-corna. Tenho pena dela.

Apesar da não-trepada, o saldo foi positivo: ele me distraiu por alguns dias e eu exercitei bem a idéia de não perder tempo com algo pouco promissor.

**adivinha quem acabou de mandar mensagem? (risos)